Trocando uma IDEIA com: Fernando Dineli

Fernando Dineli tem mais de 20 anos de experiência em planejamento estratégico e já trabalhou em várias empresas do segmento como estrategista de marketing e CRM. Também é mestre em comunicação e é professor do Centro Universitário FAAP há 19 anos e do Instituto Europeu de Design.

Holding Clube: Você tem uma jornada dupla, não é mesmo? Conta isso pra gente?

Fernando Dineli: A minha jornada dupla começou com um sonho de atuar no mercado e ao mesmo tempo na academia. Sempre fui muito ativo enquanto estudante da FAAP, fui vice e depois presidente do Centro Acadêmico, isso possibilitou criar um relacionamento dentro da universidade e após meu período de residência na Europa voltei ao Brasil e aos 24 anos comecei a lecionar comunicação e marketing digital. Isso tudo em conjunto com meu trabalho no mercado.



HC: Então conta mais sobre sua trajetória profissional e os caminhos que a levaram até a Roda?

FD: Eu comecei a trabalhar muito cedo, aos 14 anos, peguei os primórdios do RPG (Tabletop Role Playing Games) no Brasil. Participei dos cinco primeiros encontros internacionais de RPG aqui, nessa época me envolvi muito com games e durante alguns anos eu fui consultor da Grow Jogos e Brinquedos para ensinar as pessoas a jogarem RPG quando Dungeons & Dragons chegou no Brasil. Depois disso fui pra universidade, comecei a trabalhar logo no 1o. ano na extinta Lage’Magy, uma agência icônica onde eu aprendi muito. Depois morei dois anos fora do Brasil, mochilei a Europa, trabalhei com bartender e muitas outras coisas.

Quando voltei fui pra Jokerman, empresa de mídia, lá cuidei do marketing por alguns anos, foi inclusive a época de ouro dos cartões postais publicitários no Brasil e no mundo, depois atendi a Warner no boom do mercado de DVD’s, fui pro digital atendendo Chevrolet, Intel, Skol na WDM, que depois foi incorporada à Dream Factory agência do grupo Artplan. Foi ali que disparou minha carreira em digital, acompanhei grandes iniciativas como a estratégia de Rock in Rio dentro e fora do país, foi um grande aprendizado.

Aí caí no mundo da Roda hoje, que é do marketing de relacionamento, fidelidade, incentivo e promoção. Comecei na Casanova Comunicação com Cielo (VisaNet na época) em planejamento e lá construí essa para na agência e fiquei bons anos por ali. Há uns 10 anos mais ou menos surgiu o desejo de conexão com o mobile marketing, fui pra Bunker79 ajudar no desenvolvimento de aplicativos mobile de Front End. No paralelo comecei a prestar serviço como consultor de estratégia. Acabei trabalhando também como diretor de estratégia na Accentiv’Mimética e com várias agências de relações públicas sempre com planejamento estratégico de comunicação até que cheguei na Roda.



HC: Alinhado a isso, quais foram suas principais inspirações pessoais e profissionais para seguir na área que atua?

FD: Eu sempre gostei de comunicação, minha formação foi na época de ouro da publicidade, então os grandes nomes da propaganda e os criativos eram as grandes inspirações do momento.

Hoje na Roda eu me inspiro na diversidade e na criatividade da empresa, porque fazemos fidelidade e promoção com a pegada de propaganda e jeito de atender de eventos.



HC: Como você concilia a rotina de head de estratégia e professor universitário?

FD: Eu aprendi a administrar meu tempo. Em todos os lugares que eu trabalhei sempre falei para as pessoas que eu gosto da academia, tenho esse propósito de ajudar a formar e educar as pessoas. As duas áreas se retroalimentam, é benéfico para a empresa e para a academia.



HC: De onde surgiu a sua relação com a tecnologia?

FD: É uma história engraçada, meu pai chegou em casa com um computador TK 85m da Microdigital, e falou pra eu me virar. Eu sempre estive conectado com a tecnologia pela computação e pelos videogames, cheguei até a fazer programação no basic e no ms dos. Então acho que foi natural que eu me tornasse planejador estratégico de marketing digital.



HC: Como é o seu dia a dia na empresa?

FD: Nós atendemos grandes clientes com muita profundidade. A Roda tem uma notável diferença das empresas que já trabalhei, ela não começou com clientes pequenos, o pontapé já foi com clientes gigantes pelo DNA da Holding Clube.

Atendemos Vibra Energia, P&G, Porto Seguro, então estamos falando de um início diferente no mercado, um dia a dia intenso e com muita imersão e alto nível técnico e de exigência, além claro da escala, estamos falando de iniciativas de cobertura nacional de grande impacto. Estamos entrando em um momento de franca expansão, meu papel é dar vazão nisso, estamos com posições em aberto e acredito que em 2023 teremos ainda mais lugares a serem compostos.



HC: Como a Roda está olhando para o futuro do marketing de relacionamento?

FD: A Roda tem um potencial poderoso que não se debruça apenas sobre os dados e tecnologia, ouço muito os clientes falando sobre nós estarmos juntos em todos os pontos do projeto, a Roda é participativa e humana, entende a necessidade e se baseia nisso. Nós vamos além dos dados, criamos realmente relações.



HC: Como você enxerga o seu tipo de gestão frente a marca?

FD: Eu tenho uma coisa muito natural de trocar informação e agregar as pessoas, eu gosto de estar a todo momento provocando e inspirando. Eu me encontrei na Roda e estou gostando de estar aqui porque tem o fato de trabalharmos de fato junto com o cliente resolvendo os problemas, co-criando, essa proximidade é fantástica.



HC: Para você, o que é liderança nos dias de hoje? Quais dicas pode dar para outros líderes?

FD: Eu vou trazer um exemplo do passado pra falar de liderança nos dias de hoje! Eu cresci no mundo dos escotismo, uma vez escoteiro, sempre escoteiro. Tem algo que eu acho muito legal que é o sistema de patrulhas, quando os grupos menores se formam.

E eu sempre pergunto: onde está o líder nesse sistema? O líder sempre está lá na frente dando o norte e inspirando, ser líder pra mim hoje é ter a capacidade de inspirar as pessoas. Além claro da capacidade de acolhimento e empatia, fundamentais, é muito importante saber olhar pro time, entender as necessidades, e cuidar das pessoas.



HC: Onde você se enxerga nos próximos anos? Qual legado quer deixar para o mercado?

FD: Eu me enxergo tendo a oportunidade de criar novos grandes programas do mercado e de aprimorar os que já estão instalados. Já estou envolvido em projetos de grande porte que vão deixar uma marca no mercado brasileiro de marketing de relacionamento.

A Holding Clube me dá a oportunidade de fazer grandes programas de fidelização, grandes programas de incentivo que ajudam a aquecer o mercado e isso gera prosperidade econômica, tudo isso em conjunto tira as pessoas das situações de crise e desenvolve um país mais justo.

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