Holding Clube: Como é retornar a Roda depois de nove anos? Quais são as expectativas para essa nova fase?
Regina Villas Bôas: Na época em que trabalhei no Banco de Eventos foi para tocar um projeto na época “fora da curva”, uma campanha de incentivos, modalidade em que o Banco ainda estava formando expertise. Hoje a Roda preenche perfeitamente essa necessidade e aqui tenho a expectativa de ir além, de explorar possibilidades, contribuir com o conhecimento que adquiri, mas também de continuar aprendendo.
HC: Durante sua última passagem pela Roda, qual foi o projeto que mais te marcou? Caso seja possível, detalhar o processo e os motivos da escolha
RV: Toquei apenas 2 projetos no período, ambos me marcaram, mas de formas diferentes. O da Unilever, pela complexidade, era um projeto arrojado, granular, de grande importância e responsabilidade. Afinal, era um cliente novo na agência, uma multinacional que renderia muitos pontos positivos no currículo de qualquer empresa de comunicação. Já o do Itaú foi um projeto divertido, uma plataforma digital gameficada com tema Copa do Mundo, evento patrocinado por este cliente. Ambos me ensinaram muito, em disciplinas muito diferentes entre si.
HC: Na sua opinião, quais serão as grandes novidades no mercado de experiências para esse ano?
RV: Muito se tem falado de IA, automatização, metaverso…. Mas quando falamos de experiências, de deixar uma marca, acredito mais no “phygital”, ou seja, no equilíbrio entre o físico e o digital. É até engraçado que seja considerado uma “novidade”, mas ninguém quer (só) interagir o tempo inteiro com máquinas. A tecnologia certamente tem uma parte importante, mas é o contato humano, o olhar atento, o cuidado ao entregar uma experiência realmente inesquecível.
HC: O que a Roda tem feito para diferenciar seus projetos e fidelizar seus clientes?
RV: A Roda tem ido na contramão do mercado (no bom sentido), pois entende a importância da customização, da personalidade que cada projeto tem. Muitas agências têm se baseado em plataformas SaaS (Software as a Service), em que os clientes têm grandes limitações, pouca flexibilidade, tendo eles de se adaptarem à plataforma e não o contrário. Nada contra o conceito de SaaS, mas ele não deve ser generalizado. A Roda disponibiliza projetos inteiramente personalizados e com a agilidade necessária. Com a vantagem de agregar grande valor ao fulfillment de experiências e premiações, por toda bagagem que tem nessas disciplinas.
HC: O que a sua bagagem no mercado de experiências e fidelização irá contribuir na potencialização do escopo da empresa?
RV: Acredito poder contribuir bastante no objetivo de ver o panorama completo do universo da fidelização. Tenho notado uma grande preocupação das empresas com a inteligência de dados, análises, cruzamentos, dashboards, sem dúvida todas ferramentas de extrema importância para a tomada de decisão. Mas é preciso combinar de modo saudável os interesses dos gestores dos clientes e dos participantes das suas campanhas de incentivo. Muitas vezes o incentivar, o puxar o resultado através do engajamento dos envolvidos, uma premiação instigante, uma comunicação eficaz, acabam ficando em 2º plano. Não adianta só ter o dado bem interpretado, é preciso antes de tudo provocar o resultado. E isso pressupõe conhecer bem sua força de vendas e de execução, dar a eles a mesma atenção que as empresas costumam dar a seus consumidores. E meu foco no incentivo é termos sim dados relevantes mas, sobretudo, resultados.